Imóveis deixam de ser apenas um lugar habitável: precisam ter soluções tecnológicas, conectividade, conforto e harmonia

Lar confortável, decorado, com áreas integradas e que dão a sensação de amplitude. Essa tendência tem conquistado cada vez mais pessoas que buscam espaços bem desenhados e harmônicos, com soluções tecnológicas e muita conectividade, o chamado Smart Living. Longe de ser apenas um lugar habitável, construtoras precisam apostar em diferenciais para que o imóvel não se desvalorize e desperte, cada vez mais, a atenção de potenciais compradores. Essa é a opinião do professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Fernando Moulin, com mais de 20 anos de experiência como executivo de grandes empresas.

“Quem não gosta de ter mais conforto e um ambiente que integre todas as possibilidades de uma vida plena? Smart living é um conceito desenvolvido pela indústria para atender a esse anseio dos clientes, que consiste na possibilidade de em cada lugar, em cada momento, ter mais conforto, uma vida melhor e um espaço de trabalho alinhado com seu jeito de ser”, explica Fernando.

De olho nisso, a Construtora Krum, em Cascavel, lançou recentemente o empreendimento Vila Constança, em parceria com a startup Housi. O projeto reúne uma série de soluções tecnológicas que trazem para Cascavel o conceito de smart living, ou seja, moradia inteligente, na prática.

“Ressignificamos a forma de morar e conectar espaços com pessoas. O empreendimento nasce conectado com o futuro, traz praticidade e proporciona experiências”, frisa a coordenadora de vendas da Krum, Thaynara Holodniak.

O condomínio contará com wifi nas áreas sociais e integração total com um espaço digital batizado de “appspace” que, além de conectar os moradores e proprietários com os espaços e possibilidades do condomínio, também dá acesso a uma rede de parceiros que oferece serviços diferenciados em áreas como beleza, saúde, serviços, pet, bem-estar e alimentação, por exemplo.

Já nos espaços privativos o grande diferencial é na flexibilidade de plantas, com três opções, sendo que uma já prevê espaço dedicado ao home office, atendendo à demanda das novas modalidades de trabalho que, desde a pandemia, fortaleceram os formatos híbridos e à distância, demandando espaços mais adequados dentro de casa.

É justamente o espaço de trabalho alinhado com o jeito de ser de cada um que veio para ficar após o período de pandemia. Conforme Fernando, essa realidade ainda ecoa no inconsciente coletivo das pessoas, que entenderam que ter um lar agradável pode dar retorno financeiro.

“O trabalho híbrido fez com que todo mundo procure ter um espaço que tenha boa conectividade, com condições de antirruído para fazer cursos, reuniões e estudar. Realmente é algo que mexeu com a forma de morar nos grandes centros e cidades do interior, até mesmo porque muitas pessoas optaram por lugares mais tranquilos, menores, em contato mais íntimo com a natureza e familiares”, pontua Fernando.

Segundo ele, o investidor procura ter o máximo de retorno possível do seu investimento. “É muito salutar que ele tenha em vista que o imóvel seja desejável para quem for comprar, seja hoje ou daqui 10 anos. É certo que o imóvel vai se desvalorizar se não tiver soluções tecnológicas e a conectividade for ruim”, comenta.